terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Proseando sobre... Amor e Outras Drogas

 
O livro “Hard Sell: The Evolution of a Viagra Salesman” de Jamie Reidy ganha sua adaptação no cinema através do cineasta Edward Zwick. Eis um ponto que já chama a atenção e será mencionado adiante. Estamos nos anos 90, a Macarena está fazendo sucesso e uma pílula azul está ocasionando largos sorrisos: o viagra. Há um choque entre indústrias farmacêuticas com drogas dispostas a aliviar sofrimentos, sobretudo acompanharemos um duelo entre Prozac contra o Zoloft. As conseqüências disso são expostas através de estatísticas de qual é o medicamento menos danoso. O roteiro tem em mãos um assunto poderoso, mas ele fica de lado. O foco é um romance permeando esse contexto e nele está o galã vendedor Jamie Randall (Jake Gyllenhaal) cuja lábia sempre lhe garante noites acompanhado; e a jovem artista Maggie Murdock (Anne Hathaway) que convive com o mal de Parkinson e sempre na defensiva, afasta qualquer possibilidade de relacionamento vivendo apenas aventuras sexuais – e essas são muitas. “Amor e Outras Drogas” gira em torno dos avanços da indústria farmacêutica e de seu potencial lucrativo (e o diretor é hábil em metaforizar esse potencial através de um mendigo) e de um encontro casual entre um casal com possibilidade de um romance duradouro acontecer.

Randall prova ser o cara das vendas – engana muito bem – e sua apresentação inicial é o bastante para conhecermos sua virtude, sobretudo com as mulheres. Há uma competição entre sua família sobre a necessidade de se dar bem. Daí desenrola-se mentiras importantes para o aprofundamento da narrativa questionada mais tarde numa ligação. De início vendendo eletrodomésticos e mais tarde representando a indústria farmacêutica Pfizer, o cara logo tem que desenvolver planos de como conquistar a atenção de alguns médicos para que estes vendam seus produtos. Aí acompanharemos um jogo de persuasão interessante. É nesse percurso que Randall conhece Maggie durante uma consulta e diante a rejeição da moça se percebe estranhamente atraído por ela. O roteiro que começou bem cai no modismo e ignora potenciais pouco vistos no cinema. O diretor Edward Zwick, um cara dos filmes de ação (são dele filmes como “Nova York Sitiada”, “Um ato de Liberdade” e “O último Samurai”) investe num romance com boas pitadas de comédia. O mulherengo com uma garota doente, algo bastante visto no cinema se repete aqui, sem exageros, felizmente. Mas é terrível perceber que Zwick necessita exibir excessivamente as dificuldades da protagonista e não coloca fé no espectador quase duvidando que este perceba sozinho. Os frames nas mãos da garota segurando uma xícara são pra lá de desnecessários.

É tanto lobby que passamos boa parte do filme pensando nessa competição cruel entre os representantes de diferentes indústrias farmacêuticas. E é para tanto? Diante a previsibilidade de “Amor e Outras Drogas”, este que tem muito mais a dizer que outros semelhantes, resta a sensação de que a pouca ousadia – ou falta de coragem; ou censura dos produtores – impedem que projetos com potenciais alcem vôos mais altos. Mas é bom de se ver, é mesmo para se divertir e o que realmente funciona é a química entre o casal. Gyllenhaal é convincente, não só vende os produtos do filme como nos vende o próprio longa metragem. Já Anne Hathaway, numa atuação a baixo do que costuma realizar, se mostra a vontade em cena e não se limita à nudez, algo que já havia feito em outros filmes. O casal encanta e são, sem dúvidas, o melhor que o filme tem a oferecer. Nesse romance tão parecido com outros se escancara algo que alguns tinham como tabu, a constituição do sexo em cena sem ser gratuito. Ele acontece – e muito – trazendo ideais que o cinema lida com certa dificuldade ainda mais com filmes desse gênero. É uma reprodução lógica daquela situação com um homem propenso a aventuras sexuais com diferentes parceiras e uma garota desligada de fantasias que encontra na sexualidade um conforto para sua frustração. Trata-se de um romance para adultos e para quem não tem preconceitos. 


Assisti ontem 'O amor e Outras Drogas'. De forma simples o filme traduz que o amor supera qualquer dificuldade. Adoreei! ;-)

@ Assistimos e adoramos! Divertido e emocionante na medida certa!

Achei o filme despretencioso e, ao mesmo tempo, simpático e fofo. E Ane Hathaway e Jake Gilenghaal são um colírio pros olhos.

@ ahh eu adorei "o Amor e outras drogas" ehueh tirando "algumas" cenas achei suuuper legal (:

@ eu viiiii! lindooooooo filmeee!



2 comentários:

  1. Marcelo, ficou mt bom a critica!! mas c num tah colocando mais sua nota?

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  2. É um filme bonito, com uma trama interessante, mas muito irregular nos gêneros que aborda: drama, romance e comédia. Passável.

    http://cinelupinha.blogspot.com.br/

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