sábado, 26 de janeiro de 2013

Diário Cinéfilo: Que bom te ver viva (Que bom te ver viva, 1989)


“Que bom te ver viva” é um documentário sobre um período tenebroso da historia do Brasil que se arrasta até hoje na memória de muitos que sobreviveram ao regime militar, as torturas impetuosas sofridas, as prisões escuras e ao exílio. Narrado através de entrevistas com mulheres que vivenciaram o período e até mesmo empunharam armas contra os militares, temos acesso a experiências particulares de pessoas que quase morreram e praticamente perderam o gosto pela vida, sofrendo com as desordens psicológicas devido ao trauma da violência. Os relatos são coordenados por Lúcia Murat, ótima diretora que foi uma das torturadas durante a ditadura brasileira. Como diferencial neste bom longa, acompanhamos uma encenação de Irene Ravache que narra alguns acontecimentos, são discursos introspectivos sobre vivências fantásticas, relatando poeticamente e criticamente a situação de outrora, ainda martelando na cabeça. Os tempos passaram, o silêncio perdurou e a memória segue atordoando. Bom filme que merece ser apreciado e estudado por muitas gerações.

    
Direção: Lúcia Murat
Elenco: Irene Ravache

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