terça-feira, 2 de abril de 2013

Proseando sobre... G.I. Joe: Retaliação



John Chu, diretor de “Se ela dança eu danço 2 e 3” e de “Justin Bieber: Never Say Never” – ?????? – pegou as rédeas da franquia “G.I. Joe” que começou com o fracassado “A Origem de Cobra” em 2009. Agora temos uma segunda parte renovada, intitulada “Retaliação”, que muda totalmente seus protagonistas, mantendo unicamente Channing Tatum, Byung-hun Lee e Ray Park. Grandes nomes como Dwayne Johnson e Bruce Willis chegam para reforçar com seus prestígios. Já a história não é lá um reforçador. O foco é a destruição megalomaníaca e as pirotecnias, coisas costumeiras. Entra também a comédia pastelão, um tempero como alívio a abundância de violência. Nada de extraordinário ou de ordinário. Mera diversão.  Mero mero.

As organizações Cobra continuam querendo destruir o mundo com armas de imenso poder de dizimação. Dessa vez ela se alia ao governo dos Estados Unidos de modo cruel. Como estratégia para o sucesso, a organização destrói os G.I. Joe numa emboscada, e faz parecer que os caras na verdade eram traidores da pátria. Sem oponentes, dominam a Casa Branca. No entanto alguns sobrevivem a armadilha e não ficam apenas para contar a história, mas para desmascarar os envolvidos no plano e restabelecer o poder do país para finalmente salvar o mundo. Paralelamente rolam mais duas tramas: a amizade entre Duke (Tatum) e Roadblock  (Johnson) destruída; e o embate particular entre os ninjas Storm Shadow e Snake Eyes. As razões para esse conflito? Não será nessa parte que saberemos.

“Retaliação” deveria ter saído em 2012, mas decidiram converte-lo em 3D e atrasou o lançamento. Algumas cenas extras com os personagens de Tatum e Johnson foram acrescentadas nesse tempo, já que imaginaram após sessões fechadas que talvez essa amizade fosse uma das únicas coisas relativamente interessantes do longa. O fato é que o insucesso da primeira empreitada não pode ser repetido, renderia o enterro da franquia. Então tentam de tudo, mesmo que precisem seguir a fórmula usual e já insuportável. Também restam absurdos exibicionistas: o arsenal engenhoso surpreendente, a prisão subterrânea com os presos e a escapada de um dos ninjas que consegue fazer parar os próprios batimentos cardíacos. Feito desmedidamente para demonstrar o poderio da produção, o melhor acaba ficando por conta do clichê habitual, porém nunca desinteressante: a garota vestida com um vestido vermelho apertado que arrebata os homens por perto. E o
público também.

Bruce Willis surge num papel cômico e solta algumas frases para o deleite de seus fãs. A ação acontece o tempo inteiro, a narrativa é enérgico. Tem seu grande momento quando os ninjas se enfrentam, culminando numa fuga por montanhas, algo verdadeiramente atraente. Os bonecos da Hasbro, ou melhor, os comandos em ação como são conhecidos pelos brasileiros, tiveram com essa sequência maior dignidade comparado ao fiasco horrendo que fora o primeiro filme. Ainda assim terminou medíocre como outras adaptações parecidas – por exemplo, “Battleship” – vem terminando. 


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