sábado, 13 de julho de 2013

Proseando sobre... Meu Malvado Favorito 2



O que esperar de uma continuação de uma animação narrativamente limitada que tanto sucesso fez quando fora lançada? A mesma sorte? Talvez sorte seja uma palavra injusta. O fato é que “Meu Malvado Favorito” lançado em 2010 não tinha uma grande história, era até tola demais. Venceu graças a outras coisas: carisma e humor cativante. Fica difícil não se encantar por sua simplicidade. Conquistou as crianças e os adultos com um personagem que funciona como um anti herói juntamente aos pequenos Minions. Ainda soma-se a história 3 garotas adotadas. Nesse segundo filme todos retornam tão frágeis e simples quanto o primeiro. O investimento maior recai sobre os Minions que quase ganham o filme inteiro, mas o protagonismo ainda é de Gru, o vilão herói com sotaque curioso, completamente comprometido pela infeliz dublagem brasileira.

O contraste entre o mundo exterior e o mundo de Gru permanece com menor força. Sua casa segue diferenciada das demais, escurecida e com artifícios que a fazem parecer um lugar sombrio. O preto e o cinza predominam o interior enquanto no exterior cores explodem. O filme é coloridíssimo e abarrotado de coisas consideradas “fofas”. A criançada vai adorar, os mais crescidos irão se divertir e os adultos rirem, apenas rirem, sobretudo quando o filme abre alas para os Minions que anteriormente apareciam episodicamente. Dessa vez eles tem uma função mais importante na narrativa, condensando-a em meio a várias subtramas paralelas tais como a relação de Gru com as meninas, ou com um suposto par romântico, a agente Lucy. Ainda há o crescimento natural de uma dessas meninas, interessando-se por um jovem capaz de fazer o herói morrer enciumado.       

Parte do sucesso do original consistia na explanação dos simpáticos Minions, pequenos seres que trabalhavam para Gru. Agora estes são bem mais exigidos. Formam uma colônia com funções bem definidas. Pra lá de divertidos, são responsáveis pelos melhores momentos de todo o filme. Gags pontuais e uma ou outra cena cômica são bem encaixadas, no entanto nenhuma supera a avalanche final com os números musicais que fará muita gente gargalhar, especialmente a galera de gerações passadas. Quanto a história, esta é simplória: um novo vilão está ameaçando o mundo com uma poção que transforma os infectados em monstros roxos horrendos. A associação Antivilão decide convocar o ex vilão Gru para ajudá-los, pensando que ele poderia antecipar os passos do estranho ameaçador.

Como ponte do filme anterior, além da relação paternal que fez Gru abandonar a vida de malfeitor, dessa vez desponta para o empreendorismo do protagonista que vinha buscando fórmulas de geléias e gelatinas para crianças, tentando levar uma vida boa e honesta, motivado pelo carinho que singelamente desenvolveu pelas filhas. O passado, por sua vez, vem lhe buscar. Leve, a animação é uma bela pedida para um momento descontração em família. Não oferece muito o que pensar, e tampouco se aventura em outros rumos que filmes do gênero mais sofisticados arriscam, porém diverte muito com sua ingenuidade e bons personagens demasiado adoráveis e sorridentes.  



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